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Como eu estudo?
Quando era criança e frequentava a escola eu simplesmente não estudava, pelo menos não dedicava um tempo conscientemente para estudar, tinha muitas coisas pra fazer na minha rotina de criança, como jogar bola descalço na rua de terra na frente da minha casa até ficar com os pés vermelhos, andar de bicicleta pelo bairro durante horas e até jogar vídeo game quando finalmente minha mãe conseguiu comprar o Super Nintendo, que vinha com a fina do Mario Kart, eram horas dedicadas a jogatina na TV de tubo velha que nem tinha controle remoto.
Estudar? Nunca precisei, copiava as lições de casa dos amiguinhos e de alguma forma conseguia passar nas provas (e sem colar, morria de medo de ser pego, na verdade eu morria de medo da minha mãe). Sempre ficava ali na média e ia levando, lembro até de ficar zombando os colegas que tiravam nota alta, você tirou essa nota porque estudou ué, se eu estudar também tiro.
Essa forma de levar os estudos seguiu comigo até a faculdade, mas lá as coisas não saiam tão bem como no colégio, eu teria que estudar um pouco mais, ou simplesmente estudar, coisa que eu não fazia. O problema é que eu não sabia estudar, eu nunca realmente tinha feito isso, como iria aplicar algo que nunca fiz?
A solução foi simples, ia para a biblioteca, pegava o livro de cálculo e começava a resolver exercícios, errei? Tento novamente. O famoso sentar a bunda na cadeira e estudar, e não é que isso funcionou, consegui terminar a faculdade de forma quase regular (fui reprovado em uma disciplina no final do curso, por preguiça minha).
Atualmente na minha prateleira de livros tenho alguns relacionados ao tema de aprendizagem e similares, como técnicas de estudo, andragogia (abordagem educacional que visa ensinar adultos, considerando que eles aprendem de forma diferente das crianças), relatos particulares de pessoas que aprenderam não sei quantas línguas ou disciplinas adotando metodologia X ou Y.
E a conclusão que cheguei é que a forma como cada um aprende é bem particular, tem gente que ama o tal do mapa mental, pra mim é simplesmente uma perda de tempo, tem gente que adora os famosos flashes cards, eu não consigo entender essa galera. Mas se isso funciona pra eles, quem sou eu pra falar que estão errados?
O que mais funciona pra mim é: elaborar uma aula sobre aquele tema e explicar o tópico para alguém, mesmo que esse alguém não exista. Se você não consegue explicar determinado assunto de forma clara e objetiva isso é um indício de que você não aprendeu. Faço uma aula com slides, animações, pesquiso fontes, refaço, coloco com minhas palavras, tento deixar divertido, dou exemplos práticos, penso em analogias, tento ensinar do jeito que gostaria de ter sido ensinado.
Essa abordagem me tira da zona de conforto do aprendizado passivo e me leva para o aprendizado ativo, me força a fazer laboratórios e exercícios para que possa tirar minhas dúvidas e validar o que eu acho que aprendi, me faz explorar outras fontes, ela me faz aprender.
Ensinar algo é demorado, desconfortável e intimidador, mas eu garanto que esse método funciona (pelo menos pra mim).
Para metodologias mirabolantes eu dou um ping !....
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